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Apresentando índices ainda mais elevados, Alta Floresta já está entre os municípios mato-grossense que se encontra em situação epidêmica de dengue. A cidade está passando por um momento delicado, além disso, somente neste ano de 2013, já foram confirmadas três óbitos ocasionados pela doença.
De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental, Antônio Menegatti, o que é ainda mais assustador é que no período da seca, mais propriamente nos meses de junho, julho, agosto e setembro, as notificações sobre casos da doença não pararam, aumentando de um mês para o outro. “No início do ano, que era período chuvoso os casos já eram alarmante, chegou à seca, e não teve redução, aumentou os casos. Agora que está chovendo novamente a situação pode piorar gradativamente”, relata. O excesso de chuvas aliado ao acúmulo de lixo nas residências e nos quintais, bem como o fluxo migratório de pessoas nesta reta final do ano, além de outros fatores diversos acabam contribuindo ainda mais para os números da doença.
Megatti revela que não há exceção, todos os bairros da cidade estão com índices altíssimos, somente nas últimas duas semanas do mês de outubro, o índice de larvas do mosquito aedes aegypti encontrado nas residenciai de Alta Floresta ultrapassa todos os registros anteriores. “É um absurdo o índice de larvas encontradas. Mesmo com o trabalho de mídia desenvolvida a nível nacional e o trabalho firme do município no combate ao mosquito, às pessoas não estão fazendo a sua parte”, enfatiza, afirmando que o lixo que acumula água está por todas as partes, principalmente dentro dos quintais. Em 32 residências analisadas pelos Agentes de Endemias, foram coletadas 9 amostras positivas de larvas do mosquito aedes aegypti. “É uma quantidade assustadora. Hoje nós temos o vírus da dengue circulando na cidade e também temos o mosquito em alta escala. Não tem como não dizer que estamos enfrentando uma epidemia da doença”, revela Megatti.
Ele explica que a Vigilância Ambiental tem promovido todas as medidas possíveis no combate a dengue com visitas domiciliar orientando moradores, borrifação com inseticida, bloqueios de casas, entre outras ações , inclusive com apoio da imprensa local e entidades como a Câmara de Dirigentes Legistas de Alta Floresta. “Mas o morador tem que fazer a sua parte, o trabalho formiguinha, para não deixar lixo que acumular agua nos quintais é sem dúvidas a maneira mais eficaz para resolver esta problemática”, conclui Antônio Menegatti.
Alex Cordeiro
