Estudantes do nono período do curso de agronomia, da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT) conheceram, no dia 22, uma Unidade Demonstrativa (UD) do Projeto Olhos D’Água da Amazônia (PRODAM). Em parceria, o projeto de recuperação ambiental e universidade mostraram aos futuros agrônomos, as ações realizadas no sentido de cumprir com a legislação vigente. O dia de campo foi realizado, no sítio Santa Rosa, de propriedade de Luiz Caioni, localizado na MT-208, que tem área total de 48 hectares, onde 8,4 estão em fase de recuperação. Na ocasião, os alunos também conheceram os trabalhos realizados no viveiro de mudas do município.
O estudante universitário, Fernando Luiz Elly diz que esse trabalho tem de ser feito. “Esse incentivo é fundamental. Os produtores recebem apoio e podem cultivar espécies frutíferas e ter alguma renda. Acredito que isso serve de estímulo”. Ele explica que sua família é de Sorriso, e hoje, os órgãos governamentais estão monitoramento constantemente as propriedades. “Caso o produtor não cumpra com suas obrigações, ele sofrerá algumas sanções já previstas na legislação”.
Para a engenheira agrônoma e professora universitária, Auriane Cristina Teixeira Ferreira que ministra a disciplina de gestão, manejo e legislação ambiental, esse contato é necessário. Ela explica que a disciplina está relacionada diretamente aos sistemas agroflorestais. “Na universidade repassamos os conceitos e aqui eles vivenciam como o processo foi desenvolvido”, explica.
A engenheira responsável por fazer o acompanhamento da propriedade, Juliana Ferreira da Silva ratifica que essa interação possibilita uma aproximação entre os alunos e os produtores. A engenheira diz estar satisfeita com a atividade. “Surgiram questionamentos, como por exemplo, critérios para escolha das espécies, arranjo e época de plantio”. Ela explica que é normal os alunos terem dúvidas, contudo, o mais importante foi que os alunos tiveram a oportunidade de perguntar. “Ao fazer isso, damos nossa contribuição para o desenvolvimento sustentável de Alta Floresta”.
Além do sistema utilizado em Alta Floresta – agroflorestal – existem outras modalidades de SAFs, como por exemplo, associar agricultura, pecuária e espécies florestais – conhecidos por sistemas agrossilvipastoris. Também é possível associação de espécies florestais e pecuárias, o silvipastoril, e o sistema agripastoril, que integra os componentes agrícola e pecuário – oagropastoril.
O coordenador executivo do Projeto Olhos D’Água da Amazônia, José Alesando Rodrigues explica que além do trabalho ambiental, o projeto serve como uma ferramenta de transformação social. “Nosso trabalho não se limita a recuperação do passivo ambiental, temos a preocupação de ofertar mecanismos que possam gerar renda aos produtores, como por exemplo, essa integração de espécies nativas com frutíferas”, argumenta. O coordenador explica que para esta segunda fase, serão oferecidos outros mecanismos, como piscicultura, meliponicultura, hortas orgânicas e pagamento por serviços ambientais.
Assessoria PRODAM