Profissionais da educação da rede estadual em Alta Floresta promoveram atividades na manhã desta terça-feira, 08, em frente à Câmara de Vereadores. Com faixas e cartazes, os educadores demonstraram descontentamento com o governo do Estado que apresentou uma proposta contrária à proposta da categoria.
Os profissionais da educação em Mato Grosso completam esta semana dois meses de greve. “Estamos focados nas nossas reivindicações, queremos uma proposta que seja melhor para a educação. Enquanto o governo não sinalizar positivamente para as reivindicações da categoria, não haverá previsão do fim da greve”, afirmou Meire Mazureki, presidente do Sintep em Alta Floresta.
A sindicalista disse não concordar com as declarações do Governo do Estado de que não há condições de atender as reivindicações apresentadas pelos profissionais da educação. Para Meire Mazureki, as cobranças da categoria estão pautadas na Constituição, porém, “o Governo não consegue atende-las simplesmente pelo fato de não cumprir a constituição”, disse.
Mazureki enfatiza que os estudantes não serão prejudicados com o ano letivo, porém as recomposições de aulas só acontecerão no ano que vem. “O calendário escolar será seguido, os alunos terão o período de férias do final de ano, e em janeiro a gente retorna para concluir no ano letivo de 2013, e na sequência será iniciado o ano letivo de 2014″ disse.
Questionada sobre qual o pensamento do Sintep em relação à preocupação daqueles alunos que estão terminando o Ensino Médio e pretendem prestar vestibular no início de 2014, ou estão com viagem marcada com a família no final do ano, Meire Mazureki desconversou e foi enfática ao responder, afirmando que”primeiramente os profissionais da educação precisam ser valorizados. Quantos destes alunos estão preocupados com vestibular no ano que vem, com o Enem, vão fazer inscrição para a Educação? Quantos deles vão entrar na Educação?”, disse apontando que por causa da desvalorização com a classe dos trabalhadores da educação é que não se encontra profissionais querendo entrar na educação. “Se o governo cumprisse o que ele vem colocando na mídia sobre demissões, ele não encontraria profissionais para estar recolocando no lugar”, respondeu Meire Mazureki.
Alex Cordeiro