Os profissionais da rede pública de ensino em Mato Grosso decidiram manter a greve por tempo indeterminado em Alta Floresta. A decisão foi tomada em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, 07, na escola Furlani da Riva. Além de profissionais de Alta Floresta, também estiveram presentes na assembleia, educadores de Paranaíta e Carlinda. Com a pressão do governo do Estado que ameaçou cortar pontos dos professores e até demitir os contratados, em alguns municípios os profissionais voltaram para sala de aula. Porém, segundo o presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, menos de 19% da categoria voltaram a trabalhar.
Os profissionais querem dobrar o poder de compra em 7 anos, a partir de 2013, pagamento da hora-atividade para professores contratados, repasse de 35% dos recursos do orçamento do estado para a educação e melhorias nas escolas. O piso salarial da categoria em Mato Grosso é de R$ 1.566,64, pouco a mais que o nacional, que é R$ 1.565,61.
O estado ofereceu dobrar o salário em até 10 anos, começando em 2014, e o pagamento parcelado em três vezes da hora-atividade, mas os itens não foram acatados pela categoria. “Vamos continuar com a greve e esperamos que o Governo do Estado reveja as decisões de ameaças que está tomando com relação aos professores”, frisou Henrique Lopes.
Para ele, o governo do Estado está tentando cansar os trabalhadores, porém a categoria não está preocupada com as imposições que vem sendo colocadas porque sabe das necessidades que a educação precisa para melhorar. “Estamos focados em nossas reivindicações, não vamos nos acovardar diante destas situações colocadas pelo governo do Estado”, concluiu o sindicalista Henrique Lopes.
No decorrer desta semana os profissionais da educação farão diversas atividades em Cuiabá.
Alex Cordeiro