Sem acordo nas negociações, a greve dos professores da rede estadual, que está perto de completar dois meses segue sem previsão de retorno.
Nesta quarta-feira, 2, pela manhã, os profissionais da educação em Alta Floresta realizaram nas dependências da escola Furlani da Riva, uma assembleia para discutir as ameaças feitas pelo governo de Mato Grosso de cortar o ponto dos efetivos e demitir os interinos que não voltassem para as salas de aulas imediatamente. Assim como aconteceu em várias outras cidades, em Alta Floresta os professores definiram pela manutenção da greve.
O Sintep já havia discordado da decisão do Tribunal de Justiça de manter 50% do efetivo dos professores em sala de aula, onde a greve da categoria que esta perto de completar dois meses, foi mantida. “No aspecto da logística, isso é inviável”, disse a presidente do Sintep em Alta Floresta, Meire Mazureki.
Ela afirma que os professores continuarão firmes em suas reivindicações e que não irá se intimidar com asameaças contra a categoria. Na próxima sexta-feira (4), os professores se reúnem em Cuiabá, em uma nova assembleia geral, para discutir os rumos do movimento grevista.
Mazureki enfatiza que o governo de Mato Grosso demorou muito para iniciar as negociações com os trabalhadores da educação e por isso a greve tem se prolongado tanto. “Se o governo tivesse tentando negociar desde o início, da maneira que ele esta hoje, talvez esta greve não teria tomado uma proporção tão grande assim”, apontou a sindicalista.
Alex Cordeiro