A contraproposta elaborada pelos professores em greve, após terem recusado a oferta do governo de conceder reajuste parcelado até 2023 e pagar a hora-atividade aos interinos também fracionada em 3 parcelas, será levada ao conhecimento do governador Silval Barbosa (PMDB) na manhã desta terça-feira (24). A informação é do secretário de Educação , Ságuas Moraes.
De acordo com ele, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) já analisa a contraproposta, mas precisa apresentá-la ao governador e discutir se será possível ou não atendê-la. A Secretaria Estadual de Adminstração (SAD) também deverá participar do encontro para discutir a contraproposta.
A greve foi deflagrada no dia 12 de agosto e considerada “abusiva” pelo desembargador Marcos Machado que no dia 10 de setembro concedeu liminar ao Estado e determinou a volta dos servidores às aulas. Mesmo assim, segue adiante sem previsão de ser encerrada caso as reivindicações não sejam atendidas.
Os principais “pontos da discórdia” apontados por representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) são as datas para vigorar os reajustes propostos pelo governo na proposta apresentada na última quarta-feira (18).
Enquanto o governo prevê o reajuste de 5% acima da inflação, para maio de 2014, os trabalhadores defendem o aumento seja aplicado neste ano retroativo à data-base de reajuste da categoria, que é o mês de maio.
Na questão da hora-atividade a ser paga para os professores contratados, o Estado dividir o pagamento em 3 anos, mas a categoria entende que isso pode ser feito em 2014, em uma única parcela.
“Sabemos que o Estado tem condições financeiras para pagar a hora-atividade integral já no ano que vem”, sustenta o professor Henrique Lopes do Nascimento, presidente do Sintep. Ela ressalta que o acampamento dos professores grevistas no Centro Político-Administrativo de Cuiabá, montado nas imediações do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) continua nesta semana.