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Governo posterga greve pedindo tempo aos educadores do Estado

Governo posterga greve pedindo tempo aos educadores do EstadoO governo estadual posterga a greve dos trabalhadores da rede estadual de ensino. Na sexta-fera, 06, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) foi informado de que a reunião prevista com o governador teria sido adiada. Silval Barbosa pediu tempo para analisar os estudos encaminhados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e apontou que irá ter um posicionamento a partir desta segunda-feira (9).

Para o presidente do Sintep-MT Henrique Lopes do Nascimento a atitude demonstra o descompromisso do Executivo com a categoria. Ele lembra que na segunda-feira (2), quando ocorreu uma reunião com Silval e demais secretários foi demonstrada pressa para que houvesse o atendimento da pauta de reivindicações da categoria, que exige, por exemplo, a implementação de política que dobre o poder de compra dos trabalhadores em até 7 anos.

“O Silval havia autorizado os 27,2% das receitas para a educação ao secretário de Ságuas Moraes e na sequência fizemos o grupo de trabalho. Mas, hoje pediu tempo para analisar. Desta forma o que temos a reafirmar é que a greve continua diante da ausência de respostas”.

O incremento de recursos para a educação foi discutido durante as reuniões do grupo de trabalho na terça-feira (3). Junto com os técnicos da Seduc, os representantes do Sintep comprovaram que é possível realizar este investimento com a perspectiva de atender a reivindicação dos trabalhadores e por consequência prestar mais qualidade do serviço à população.

De acordo com Henrique o aumento de 10,41% previsto para os próximos anos poderia ser incorporado aos salários já este ano retroativamente. O presidente do Sintep lembra que a Constituição Estadual prevê 35% dos recursos advindos da receita do Estado sejam destinados à educação e por isso, o governo ignora o mínimo determinado.

Henrique diz que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não pode ser justificativa para as implementações, uma vez que irregularidades são práticas frequentes dentro da própria folha de pagamento da educação. Os rendimentos dos aposentado incidem sobre a folha, retirando recursos de direito da área.

“Depende única e exclusivamente do governador. É bom deixar claro que nós temos uma greve histórica, com mais de 90% dos educadores aderindo ao movimento. Por isso, aguardamos uma proposta efetiva”, conclui Henrique.

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