Com mais um tropeço dentro de casa, o Tricolor chegou à sua pior sequência em Brasileiros na história. A mais negativa até então, de dez jogos, sofrida entre 1988 e 1989, ficou para trás. E a distância para o Santos, primeira equipe fora da zona de rebaixamento, segue de cinco pontos.
Ciente de sua situação difícil na tabela do Brasileirão, o São Paulo começou a partida tomando a iniciativa. Com os jogadores ligados e demonstrando muita disposição, as chances não demoraram a aparecer. Tanto que a recompensa veio rapidinho.
Jadson cruzou falta perigosa para dentro da área, Rodrigo Caio desviou para o segundo pau e a bola entrou de mansinho no canto esquerdo de Weverton, aos 17 minutos. O lance foi bem polêmico já que Aloísio, impedido, tentou completar a jogada. Apesar das reclamações paranaenses, o atacante sequer conseguiu tocar na bola e, depois de muito bate-boca, a arbitragem confirmou o tento.
Tudo corria perfeitamente bem na batalha contra o rebaixamento. Até que o Atlético-PR, espremido na defesa e pouco perigoso até então, resolveu acordar e mostrar o por quê da bela campanha na competição.
Com muita velocidade dos atacantes Dellatorre e Marcelo, o Furacão foi crescendo e empurrando os donos da casa em seu campo. Depois de alguns minutos, o apagão já estava decretado e, após algumas bolas cruzadas na área com perigo, a dupla de ataque rival resolveu.
Marcelo fez o corta-luz, recebeu de volta de Dellatorre e foi derrubado por Rafael Toloi dentro da área. Pênalti incontestável no Morumbi. Na cobrança, aos 37, Paulo Baier deixou tudo igual. A partir daí, a pane do Tricolor aumentou.
Toloi fez uma trapalhada. Saiu jogando errado e Everton quase marcou. Mais tarde, foi a hora de Rogério Ceni sair mal do gol e, de novo, Everton errou o alvo. Pelo fim do primeiro tempo, saiu barato para os donos da casa. Mesmo com a atuação ruim nos últimos minutos, a torcida apoiou e deu o combustível para o restante do duelo.
O panorama do início da etapa final foi o mesmo do começo do jogo. O São Paulo foi para cima, buscou a vantagem, mas os erros, visivelmente fruto dos nervosismo dos jogadores, eram cada vez mais constantes. Viradas de jogo, tapas de lado, cruzamentos. Nada encaixava.
Na necessidade de criar mais, Autuori colocou Ganso no lugar de Fabrício. Mas foi o Atlético-PR, mais uma vez, que cresceu. Com contra-ataques rápidos voltou a levar perigo ao gol de Ceni.
Aos poucos, o Tricolor foi retomando o controle do jogo. Apesar da ampla posse de bola, só criava perigo em faltas cruzadas na área. O ferronho do Furacão, ja satisfeito com o empate, ia dando resultado no Morumbi.
Em certo momento, Rogério chegou a ir pra linha para sair jogando na defesa com lançamentos. O tempo passava e nada de balançar a rede e garantir a vitória. A pressão dos donos da casa foi até o final, mas o empate prevaleceu.
Fonte: Lancepress