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A polêmica gerada em torno do banheiro trancado com cadeado na Praça Cívica iniciou depois que um comerciante teria deixado de pagar as taxas para manutenção. Durante 4 anos, o comerciante exerceu o cargo de vereador em Alta Floresta, mas como não conseguiu a reeleição voltou a possuir uma barraca na praça.
Segundo relatos dos proprietários de barracas, apesar do banheiro estar trancado com cadeado, todos os comerciantes da Praça Cívica possui cópia da chave para usá-lo. Porém, como o ex-vereador parou de pagar a taxa, o cadeado foi trocado e, somente ele não recebeu uma nova chave. “Todos pagam uma taxa, o dinheiro é pra comprar materiais de limpeza, pagar a água, pagar funcionária, e também um guarda que fica a noite para cuidar”, disse Ceará, proprietário de uma barraca.
A Praça Cívica localizada na região central de Alta Floresta é um dos locais mais movimentados da cidade. O local é também onde existe a maior concentração de barracas de camelôs e também de alimentação.
De acordo com os proprietários de barracas na Praça Cívica, apesar do banheiro ser público, são os comerciantes do local que pagam para fazer a limpeza, por isso foi colocado o cadeado para somente eles usarem. A presidente dos camelôs, informou que o banheiro está com cadeado há cerca de 12 anos, mas somente agora, após o ex-vereador adquirir uma barraca na Praça Cívica e se negar a pagar a taxa para custear as despesas que acabam sendo geradas mensalmente, teve início a polêmica. Mari da Kibom, como é conhecida disse que no passado havia outros banheiros públicos aos fundos da praça cívica, porém como o próprio Poder Público não cuidava acabaram sendo demolidos, ficando apenas os dois banheiros logo na entrada da praça. “Só que um desses banheiros sempre esteve trancado, somente as pessoas que trabalham na praça que usam. Porque antes, ele não dizia nada quando era vereador, ele sempre soube do problema, que as mulheres usavam o mesmo banheiro dos homens, mas nunca fez nada”, disse a presidente.
Ela disse que até concorda em entregar a chave do banheiro para voltar a ser público, porém exige que seja feita limpes adequada para não causar mau cheiro na praça. “Os banheiros que eram no fundo da praça foi demolido justamente porque não zelavam estes aqui na frente só estão em pé porque nós que zelamos”, disse Mari.
Alex Cordeiro
