A grande procura no Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre(MG), faz com que pacientes e profissionais sofram com o grande movimento. Com tanta gente, uma ala que é destinada apenas para pacientes em observação, está cheia de pacientes internados. Por isso, a direção do hospital improvisou uma outra sala, que também já está lotada. Alguns pacientes chegam a esperar para ser atendidos deitados em macas em corredores. Sem equipamentos, alguns médicos chegam a usar smartphones para o atendimento.
O hospital é referência regional e atende pacientes de Pouso Alegre e de outros 54 municípios. Em alguns casos, pacientes chegam a esperar cinco meses para ser atendidos em cirurgias agendadas. Em outros, pacientes idosos chegam a aguardar cinco horas na fila por um médico. O diretor técnico do hospital diz que não falta infraestrutura, e que o problema é da demanda acima da capacidade do hospital. Hoje a instituição faz cerca de 300 atendimentos por dia, o dobro do que poderia fazer.
“O volume é muito grande e a demanda é muito grande de pessoas que não deveriam estar aqui e sim ser atendidas nos postos periféricos de saúde do serviço municipal, isso tem que ser deixado bem claro”, diz Flávio Galvão.
Conforme a assessoria do hospital, a entidade tem um déficit mensal com as despesas de atendimento médico de R$ 500 mil, já que nem todos os procedimentos feitos são pagos pelo SUS. Ao todo, a dívida do hospital chega a R$ 19,5 milhões.