Durante a sessão realizada pela Câmara Municipal de Várzea Grande, na última quarta-feira 7, a questão do desenvolvimento do trabalho do parlamentar em plenário, possuindo arma na cintura, voltou a aquecer as opiniões. Devido ao fato ocorrido com o prefeito da cidade, Walace Guiamrães (PMDB), que foi preso pela Polícia Federal, em flagrante, portando material balísticos, na semana passada, alguns vereadores falaram sobre a questão do armamento e citaram o fato de alguns vereadores trabalharem armados em pleno plenário.
A polemica sobre trabalhar armado dentro do Câmara, ficou tão calorosa, que o vereador Chico Curvo (PSD) sugeriu uma porta detectora de metal na entrada do plenário. “Nós sabemos que tem alguns policiais que são vereadores, mas em plenário eles são vereadores e não políciais, desta forma as armas podem sim ficar do lado de fora” disse Chico.
Outros vereadores que pediram para não serem identificados, disseram que trabalhar com uma pessoa que você sabe que está armado é de certa forma inibidor. “Eu não me sinto a vontade em entrar em discussão por qualquer que seja o assunto com um parlamentar que está armado, dependendo do grau de consciência do inivíduo ele pode muito bem sacar da arma e transformar um debate em uma fatalidade”, disse um vereador.
O vereador João Madureira (PSC), que é policial civil aposentado e prestou serviço a segurança pública por 35 anos, disse que a arma é a sua alma, que não separa dela pra nada. “Eu sou uma pessoa preparada para andar armado, acredito que os meus 35 anos de profissão me qualificaram pra isso”, disse. Já o vereador Pery Taborelli (PV), que é coronel aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso, disse apenas que este assunto já foi debatido no início do mandato.
Durante os questionamentos sobre o armamento no plenário, a Mesa Diretora que estava completa, preferiu ficar no anonimato, na omissão e não fez nenhum pronunciamento. Mas algumas pessoas que estavam assistindo a sessão, que pediram para não serem identificadas, e declararam-se eleitoras do prefeito Wallace, fizeram o seguinte questionamento: será que o coronel que está a frente do batalhão de Várzea Grande, teria condições de fazer uma operação na Câmara Municipal da cidade? Porque se fizer em dia de sessão a delegacia especializada vai ficar pequena pra caber tanta gente”, disse.