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Vitor Belfort é um autêntico operário do UFC. Aos 36 anos, o carioca tem 33 lutas no cartel e sempre atendeu aos patrões da principal franquia de MMA do mundo quando solicitado. O tempo disponibilizado merece retribuição a partir do status alcançado na carreira. É assim que o peso médio se posiciona em um momento de impasse por conta do próximo combate pela organização.
Belfort exigiu disputar o cinturão da categoria contra o vencedor de Chris Weidman x Anderson Silva. Porém, como o duelo acontece apenas em dezembro, o brasileiro terá de lutar ainda em 2013 e quer um combate contra Chael Sonnen em peso combinado ou frente a Daniel Cormier e Stipe Miocic no peso-pesado.
Enfrentar o companheiro de equipe Rashad Evans, conforme oferecido pelo presidente Dana White, está completamente descartado. Vitor garantiu não aceitar qualquer duelo em conversa com a reportagem do UOL Esporte na última quarta-feira, no Rio de Janeiro.
“A luta precisa fazer sentido. Enfrentar o Rashad não existe. Tenho interesse total em lutar antes de disputar o cinturão, mas não vou enfrentar companheiros de treino. Posso atuar em qualquer categoria, inclusive no peso-pesado. Existem lutadores de alto nível no UFC. Vamos chegar ao acordo”, afirmou.
“Estava pronto sempre que o UFC precisou de mim. Vamos aguardar os resultados das próximas lutas. Não estou com pressa. Amo lutar, não faço por dinheiro. O UFC sabe da minha fidelidade. Isso é inquestionável. É dar tempo ao tempo”, completou.
O desafio de Vitor ao falastrão Chael Sonnen está de pé. O norte-americano aceitou o duelo, mas quer que o UFC faça desta luta a que definirá o próximo desafiante ao cinturão dos médios – título pelo qual lutou e perdeu duas vezes. Belfort aguarda a definição, mas também cogita atuar entre os pesados, categoria na qual já tem até os adversários preferidos.
“Ninguém quer chutar cachorro morto. Existem bons nomes entre os pesados. O Daniel Comier e o Miocic, que ganhou do Roy Nelson, são exemplos claros. Vamos chocar o mundo com esse negócio de peso. Se o Carlson Gracie estivesse vivo diria: “Não existe isso. Você reúne condições de ser imbatível em qualquer categoria”. Estou preparado e aguardando a definição”, encerrou.
Apesar da boa relação, Vitor Belfort e UFC vivem uma queda de braço. O brasileiro se vê no momento de disputar o cinturão, mas teve oferecido um fraco combate contra Tim Kennedy. Ao recusar, exigiu lutar como peso médio apenas pelo título, apesar de aceitar desafios para entrar no octógono em outras categorias. Dana White chegou a dizer que Vitor estava “fora de si”. Com as novas possibilidades apresentadas, o impasse aparentemente está próximo do fim.
Belfort tem quatro vitórias em suas últimas cinco lutas, sendo que o revés foi em um improvável combate contra Jon Jones, pelo cinturão dos meio-pesados. Os resultados, com direito aos nocautes com chutes dignos de cinema contra Michael Bisping e Luke Rockhold fizeram crescer seu respeito na divisão.
Fonte: uol
