Alunos do 2º ano do ensino médio que estudam no Colégio WR, um dos mais tradicionais de Goiânia , foram filmados participando de um ‘clube de lutas’ dentro do banheiro masculino da unidade. Depois de ver as imagens, a direção do colégio decidiu punir os 15 estudantes envolvidos. Seis deles, que já haviam sofrido alguma advertência na instituição, foram expulsos. Os outros nove foram suspensos por três dias. Um professor de física acabou demitido. Segundo a escola, ele sabia das lutas, mas não avisou a direção.
Os próprios estudantes nomearam as brigas como UFB, em alusão ao campeonato de lutas UFC. A letra B significaria “banheiro”, onde o fato acontecia. Segundo o diretor da escola, Rubens Ribeiro Guimarães, popularmente conhecido como Rubão, os combates aconteciam há mais de um ano e só foram descobertos porque um aluno ficou sabendo do ocorrido e avisou a coordenação.
Vídeo
Os participantes do UFB tinham de obedecer regras. No vídeo é possível ouvir um aluno dizer “na cabeça não”. Um adolescente que não aparece nas imagens também pode para o tempo ser respeitado: “Já deu 1 minuto”.
Durante a briga, um dos adolescentes que assistia pede silêncio. Os estudantes não podiam fazer barulho ou deixar hematomas para a prática não ser descoberta.
“O colégio tinha que dar um exemplo à altura. Eles não respeitaram ninguém, estavam brincando com a saúde deles. Se não fosse tomada uma posição, ia parecer incentivo. Isso é uma coisa séria. Aconteceu a 20 metros da minha sala. Sempre tem alguém mais esperto que a gente”, afirmou Rubão, conhecido na área educacional de Goiânia por impor disciplina rígida aos alunos. O Colégio WR obteve a melhor nota por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado 2011.
O diretor afirmou que todos os envolvidos tiveram o direito de se defender e foram ouvidos pelo conselho de classe da instituição. Mas ficou definido que todos tiveram uma conduta gravíssima e, por isso, receberam punição.
Sobre a demissão do professor, o diretor disse que ficou espantado com a atitude dele, de não informar à direção o que estava acontecendo. Para Rubão, algum aluno poderia se machucar gravemente ou até mesmo ficar com sequelas.
“Ele não incentivava, apenas sabia. Uma mãe nos falou que o filho dela, um desses que foi punido, começou a lutar e que o professor estava sabendo. Ela disse que como o professor tinha um carisma muito grande com os alunos, achou aquilo normal”, explicou.
Fonte: G1