Oziene Vieira Barbosa, 25 anos, mãe da menina Ieda Alexandra Vieira Levin – desaparecida desde o dia 27 de junho deste ano na Ucrânia – chegou a Palmas na madrugada desta quarta-feira (17). Ela conseguiu voltar ao Brasil com a ajuda de amigos e parentes, que juntaram dinheiro para pagar a passagem de avião da cidade ucraniana de Vinnitsa (a duas horas da capital Kiev) para o Recife (PE). A jovem teve um relacionamento de três anos com o ucraniano Alexander Levin, 47 anos, pai da menina. Em abril deste ano, saiu do país para viver com o homem. Depois de viajarem pela Argentina e pela França, chegaram à Ucrânia, onde Oziene pensava que teriam moradia fixa para criarem a filha. Mas no fim de junho, Levin saiu de casa com a justificativa de comprar leite, levou Alexandra e não retornou mais.
A jovem ficou desesperada porque diz que não sabia como voltar para casa e o único meio disponível para encontrar a filha era a comunicação por email com o pai da criança. Antes mesmo de conseguir retornar ao Brasil, estabeleceu contato com ele mas as informações que recebeu a deixaram assustada.
Levin diz em uma mensagem que doou a menina em outro país. No e-mail ele tenta tranquilizar a mãe da menina, ao dizer que uma senhora irá cuidar de Alexandra “como se fosse filha dela, e que comida, leite, fraldas e roupas não faltarão à criança.”
Em outra parte do e-mail, o homem diz a Oziene: “Nossa filha é uma criatura nojenta. Deve ser mal (sic) criação da sua mãe. Tu não vai criar ela, e nem eu. Eu não amo ela, e nem ela a mim. Mas tu não vai [criar ela], e nem teus pais”.
Segundo Oziene, apesar dos apelos feitos por ela, para convencer o pai da menina a deixá-la ver a filha, o ucraniano disse que ela só poderá ver a criança depois que ela completar 18 anos. “Estou sendo forte, não estou chorando, porque agora preciso ter a cabeça fria para planejar uma forma de trazer a minha filha de volta”, relata.
Em um e-mail enviado pela mãe da menina, no último dia 11 de julho, a tocantinense pede: “Alex… me deixe eu ver minha filha… me fale onde ela está… pelo amor de Deus.”
O piloto de avião, José Fernandes Carneiro, amigo da família, disse que foi à Polícia Federal no Tocantins(PF/TO) com os parentes da criança para relatar o caso no dia 1° de julho. De acordo com ele, a Polícia Internacional (Interpol) já está trabalhando para interceptar todas as viagens que Levin fizer, na tentativa de encontrá-lo.
Fonte: G1