Tecnicamente, este avião de papel não foi feito para brincar: trata-se de um veículo aéreo não-tripulado mais barato, que pode ser usado para monitorar uma área com sensores que custam pouco. Mas claro que os pesquisadores da University of Queensland (Austrália) não perceberam o potencial da sua criação.
Para ser guiado até seu destino, o Polyplane usa ailerons – partes móveis de uma asa fixa – controlados por componentes eletrônicos no avião de papel. Ele é lançado de um veículo maior, e não usa motores.
Certas tecnologias novas tornaram possível desenvolvê-lo: além de baterias ultrafinas, ele usa circuitos eletrônicos impressos em papel. Eles são inseridos por jato de tinta, e então tratados com raios ultravioleta e micro-ondas para criar uma placa de circuito fina e dobrável.
Mesmo se estes drones de papel custarem muito mais do que uma folha de papel comum, perder um deles seria algo mínimo se comparado aos custos dos aviões não-tripulados que rondam os céus.
E os pesquisadores não pararam no avião de papel. Inspirando-se na natureza, eles também criaram uma versão artificial do fruto da árvore de bordo (acima), com seu formato alado. Ele se chama Sâmara, assim como o fruto.
Ele não pode ser controlado ou dirigido com a mesma precisão que o Polyplane, mas pode levar sensores e outros componentes eletrônicos de forma segura para um destino específico – ele desce girando lentamente.
O Dr. Paul Pounds, da University of Queensland, diz que tanto o Sâmara como o Polyplane seriam usados para monitorar áreas de proteção ambiental. É bom ver um destino não militar para veículos aéreos não-tripulados. Próximo passo: um avião de papel pilotável para todos.
Fonte: uol