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Um professor de química de um cursinho da Capital foi atacado por um jacaré enquanto pescava na Passagem da Conceição, distrito de Várzea Grande. Ele sofreu vários ferimentos durante o ataque e levou 20 pontos no braço esquerdo e 20 pontos na cabeça.
Moacir de Oliveira, conhecido popularmente conhecido como “Moa”, de 49 anos, é formado em Agronomia e trabalha na escola NeoDNA. Ele conta que estava pescando sozinho nos fundos da chácara de um amigo, no último domingo (30), quando aconteceu o incidente.
Já era começo da noite quando o anzol enroscou em algo e ele decidiu entrar na água para ver o que era. “Eu normalmente não faço isso, mas achei que era um peixe e decidi entrar no rio para ver.”
Segundo Moacir, a água do rio batia na altura do peito no momento em que ele sentiu algo nas suas costas. O professor tomou uma pancada na cabeça e viu o jacaré.
O animal havia escalado as costas e mordido a cabeça dele. “Eu tomei um baita susto, porque jacaré não mastiga como os outros animais. Ele bate os dentes gira a cabeça para arrancar o pedaço. Eu senti uma pancada muito forte e me virei. Então, dei um soco nele com a mão direita e ele tentou abocanhar o braço esquerdo. Dei mais dois socos no papo dele e consegui me desvencilhar do bicho.“
Moacir contou que o jacaré tinha aproximadamente 1,5 metros de comprimento e que havia o avistado várias vezes ao longo do dia. “Tinha esse e mais um, mas eu não achei que ele iria atacar alguém maior que ele.”
Após a luta com o jacaré, ele nadou até a margem, que estava há três metros de distância. Como estava só, teve andar por volta de 30 metros até chegar a uma casa vizinha para pedir socorro.
No local, dois homens o ajudaram a fazer um torniquete no braço para que ele não perdesse mais sangue.
Na volta para Cuiabá, o pneu do carro de Moacir furou, ele tentou chamar o Serviço De Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém foi avisado que não havia nenhuma ambulância disponível. Tentou pedir ajuda para a polícia, que disse que não fazia este tipo de serviço. Somente neste momento ele procurou a esposa, que o buscou e levou ele até o hospital.
Além dos cortes, Moacir fraturou um osso da mão esquerda e teve lesões leves nas costas. Ele passou um dia internado e depois foi liberado.
Perguntado sobre se pretende voltar a pescar no local, o professor brincou e disse que só não vai pescar o jacaré como troféu porque é crime ambiental.
GUSTAVO NASCIMENTO – Diário de Cuiabá
