Uma situação muito grave está acontecendo em Alta Floresta, e mais uma vez envolve o setor da saúde pública. O fato é que desde a última segunda-feira, 1 de julho, o convênio que o Hospital Regional Albert Sabin tinha com o CDI – Clinica de Diagnóstico pela Imagem – está suspenso. O próprio CDI teria parado de prestar serviços ao hospital. O motivo seria por atrasos nos pagamentos por parte do instituto que administra a unidade de saúde em Alta Floresta.
A denúncia chegou até a redação do jornal O Diário nesta quarta-feira através de uma enfermeira do Hospital Regional que pediu para não ter a sua identidade revelada. Ela disse que hospital está em atraso com o CDI há alguns meses, mas não teve a preocupação de quitar a dívida.
Como o Hospital Regional não disponha de aparelho de raio X, o Hospital Regional terceiriza este atendimento, mas após este rompimento, apenas casos de extrema emergência estão sendo atendidos. Porém, segundo a enfermeira que denuncia esta situação, somente depois que junta três a quatro pacientes é que as pessoas são encaminhadas para passar por este procedimento em um improviso em outros hospitais. “Mas só se for emergência mesmo, como tiro, facada, uma ambulância transporta o paciente até outro hospital particular para fazer o Raio X. Em outros casos não está fazendo Raio X, mas a demanda é grande”, disse a denunciante.
A enfermeira aponta ainda Hospital Regional não está fazendo as tomografias, pois era o CDI que fornecia este atendimento também. A denunciante aponta também que existem muitas coisas erradas dentro do Hospital Regional depois que o IPAS passou a administrá-lo. “Tem médicos la dentro que não sabem fazer sequer uma sutura, e nós técnicos temos que fazer por eles”, disse.
Ela disse que muitos médicos chegaram para trabalhar no Hospital Regional em Alta Floresta a pouco mais de dois meses e não estão satisfeitos.
Questionada sobre o posicionamento da diretoria do hospital com relação ao que vem ocorrendo, a enfermeira respondeu da seguinte forma. “A direção não liga pra qualidade dos médicos e sim quantidades”, completou.