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O ano de 2013 foi realmente um dos mais complicados da história na área da educação pública no estado de Mato Grosso. Por mais de 60 dias os professores estiveram em greve. A negociação com o governo não atingiu todas as exigências da classe, mas os profissionais resolveram suspender a paralisação e retornar para as salas de aula.
A presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) em Alta Floresta, Meire Mazurek disse nesta quarta-feira, 11, não está descartada a possibilidade da greve na rede estadual retornar em janeiro.
Segundo ela, o Governo do Estado está descumprindo o que foi estabelecido durante a negociação que pôs fim a greve da categoria, há dois meses.
Segundo Mazurek, a principal questão continua sendo a não remuneração dos professores contratados, que irão repor o calendário escolar de 2013 até o início do ano que vem.
Ela disse que os contratos dos professores se encerram em 22 de dezembro, e que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) quer que os profissionais trabalhem até janeiro para repor os dias parados, “de forma precária, sem contrato e nem remuneração”. “Além disso, a Seduc está propondo um calendário unificado de reposição da greve para todas as escolas. Isso vai contra as Leis de Diretrizes Básicas da Educação (LDB), que estabelece que cada escola tem autonomia para repor as aulas, de acordo com as suas características”, acrescentou.
Ela também informou que a situação dos professores contratados será amplamente discutida em assembleia-geral no dia 13 de janeiro. Nesse encontro, os professores podem deliberar por uma nova greve na rede estadual. A última durou 67 dias.
Meire Mazurek, no entanto, observou que essa é uma questão que será tratada de forma soberana durante a assembleia. “Quem irá decidir se terá uma nova greve ou não será a categoria”, explicou.
Alex Cordeiro
