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Comarca de Alta Floresta inicia projeto ‘Adotar é Comemorar’ em parceira com o serviço de Proteção Especial do município

Bruno Felipe

Dr Cristiane Padim

A equipe da 2° Vara da Infância e Juventude da comarca de Alta Floresta, sob a responsabilidade da juíza Cristiane Padim, realizou com a parceria da Proteção Especial do município, um projeto intitulado ‘Adotar é Comemorar’, com o intuito de providenciar uma comemoração em uma das salas do fórum, para os adotantes que iniciarão estágio de convivência com as crianças ou adolescentes.

O projeto permite o contato entre os servidores da vara da infância, a equipe judicial, a equipe de proteção do município e adotantes, o que fortalece o acesso ao auxilio psicológico e material à adoção. Além disso, o registro dos primeiros momentos do estágio da convivência da adoção, através de fotografias, permite um apoio maior por parte dos profissionais envolvidos no contexto da adoção que se inicia.

“Tanto eu como Clodoaldo, nos inspiramos em uma experiência de Mato Grosso do Sul, em que um colega de lá já comemorava o início dessa nova fase entre os adotantes e adotandos, então a gente se inspirou na ideia dele e adaptamos aqui para nossa região e resolvemos iniciar para uma interação entre os envolvidos no contexto da adoção com a equipe do Fórum, os profissionais psicólogos, assistentes sociais, a equipe do município e juntos nós aproveitamos, além de registrar o momento por meio de fotografias, o que marca o início da nova fase dessa família, também aproveitamos para interagirmos e, com isso, também passar para os adotantes e para os adotandos uma segurança, no seguinte sentido: Olha, nós estamos aqui para apoiá-los, para acolhê-los no que for preciso, para que a adoção dê certo, para que essa nova família inicie e continue com o pé direito, digamos assim” disse a Juíza Cristiane, em entrevista ao Jornal O Diário.

A juíza que está em atividade no município há cerca de 8 meses, ressaltou a satisfação em promover o projeto, que teve o seu primeiro registro no final do mês de março. “É muito satisfatório e emocionante ver o resultado do nosso trabalho, comemorar isso, registrar isso é fundamental; E a partir de agora, na segunda vara, todos os inícios de estágios de convivência serão registrados e comemorados desta forma” disse a juíza.

Clodoaldo Adamczuk, coordenador do serviço de Proteção Especial de Alta Floresta, acompanhou o primeiro registro de convivência, que na ocasião, comemorou a nova fase de um bebe com a nova família. “Nós estávamos compartilhando a felicidade que todos estavam ali sentindo, de que essa criança hoje, ela tem a possibilidade de estar em uma família; Tanto nós que trabalhamos com essa criança quanto a família que estava aqui recebendo essa criança com todas as equipes estava num momento de alegria, de festividade para essa fase tão importante para a vida dela que vai ajuda-la no seu desenvolvimento, e mais tarde ela vai ter o registro de tudo isso e saber que muitas pessoas envolvidas na infância dela estavam preocupadas com ela e amando ela antes mesmo dela nos conhecer”, disse o coordenador em entrevista ao Jornal O Diário.

Clodoaldo, que auxilia e coordena a Casa Lar de Alta Floresta, explica que atualmente existem 9 adolescentes vivendo na Casa, e de acordo com ele, nesta semana, um jovem foi destituído do poder familiar e já está apto para ser adotado. A juíza Cristiane explica para os casais interessados em realizar a adoção de crianças ou adolescentes em Alta Floresta, que se faz necessário se dirigir até a 2° Vara da Infância e Juventude, localizada na primeira sala à direita do Fórum de Alta Floresta, e realizar o cadastramento. “Vir aqui fazer parte do cadastro de pretendentes a adoção, porque esses casais passam por uma capacitação, toda uma preparação para estarem aptos a adoção”, disse ela que ressaltou a importância do novo projeto para motivar novos casais a participarem do processo de adoção “Esse tipo de registro motiva as pessoas a adotarem de acordo com a nossa legislação; É uma situação muito mais segura fazendo da forma que a lei prevê”, disse ela.

A juíza explica que tanto casais héteros como homossexuais, e até mesmo pessoas solteiras, podem participar do processo de adoção, sendo necessário seguir alguns requisitos “Com relação a requisitos existem alguns documentos como não estarem respondendo a determinados tipos de processo, tem que ter uma diferença de idade ai de 16 anos entre o adotante e adotado, e pode sim ser uma pessoa sozinha, pode ser um casal tanto hetero como homo; É legal vir aqui quem tiver interesse pois são várias as dúvidas que surgem; É montado um procedimento relativamente simples, em que a equipe do Fórum vai acompanhar, e eles vão preencher alguns formulários, aceitarem a se submeter a algumas avaliações com algumas informações como renda familiar”, explicou a juíza que frisou a necessidade de estar se dirigindo a comarca de Alta Floresta para solicitar o cadastramento e sanar todas as dúvidas.

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