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Após divulgação de vídeos, deputados não comparecem em sessão noturna na ALMT

Sessão foi a primeira após divulgação de vídeo na delação de Silval que mostrou deputados recebendo dinheiro. Quatro deputados citados na delação compareceram na sessão.

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Após a divulgação do vídeo de deputados e ex-deputados recebendo dinheiro de propina, a sessão noturna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), desta terça-feira (29), foi cancelado por aparecer somente nove pessoas. Como de rotina, a sessão iria discutir a ordem do dia com várias pautas, porém por falta de quórum, a sessão não rendeu. No painel, indicava 12 políticos presentes, porém ao contar no dedo, havia nove. Os deputados que compareceram à sessão não comentaram sobre o assunto.

A sessão foi a primeira após a delação premiada do ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), que relatou recebimento em maços de dinheiro vivo por políticos de variados partidos. Silval entregou as imagens ao Ministério Público Federal (MPF), que foram gravados pelo seu chefe de gabinete, na época, Sílvio Cézar Corrêa.

O acontecido deixou servidores que atuam nas áreas de tributação, arrecadação e fiscalização do estado (grupo TAF) revoltados, pois muitos estavam presentes para a assistir a votação de uma das pautas sobre o projeto de valorização de carreira. A Assembleia recebeu essa proposta em julho deste ano e já foi aprovada em primeira votação. E, a segunda votação estava marcada para esta terça-feira.

Cinco deputados que foram citados por Silval em sua delação estavam presentes na sessão noturna na Casa de Leis, entre eles está o Guilherme Maluf (PSDB). Seu nome aparece em dois trechos da delação de Silval, relatando que recebeu mais de R$ 5 milhões de proprina.

Também compareceram na sessão sem nenhuma vergonha, outros quatro deputados citados pelo ex-governador, como Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Júnior (PMDB) e o Adalto de Freitas (Solidariedade), o Daltinho. Fabris aparece em um dos vídeos negociando proprina. Ele não se manifestou sobre as imagens. Romoaldo e Daltinho, segundo o delator, recebeu propina para não fiscalizar obras de infraestrutura do estado.

O acordo

O ex-governador fez um acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR) em delatar todos os crimes cometidos durante cargo no governo, inclusive relatar nomes de envolvidos com provas materiais. A delação premiada de Silval Barbosa foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 9 deste mês.

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