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Problemas e soluções na piscicultura são discutidos em Dia de Campo em Alta Floresta com produtores rurais

DSC_0043Giselle Oliveira

 

O Projeto Olhos D’ Água da Amazônia (PRODAM) realizou nesta quarta-feira, 30 de setembro, o II Dia de Campo: Problemas e Soluções para a Piscicultura, no sítio Refúgio do Pardal, na Comunidade Estrela do Sul. O evento contou com a presença de mais de cem (100) pessoas entre produtores rurais, empresários e servidores da Secretaria de Meio Ambiente e de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento.

Segundo a engenheira florestal, Pâmela Zilio, responsável pela ação de fortalecimento da cadeia produtiva da piscicultura com a construção de tanques em propriedades rurais, primeiramente o objetivo do Dia de Campo é capacitar os produtores que estão sendo beneficiados pelo PRODAM e segundo disponibilizar para a população de Alta Floresta, tudo que é possível sobre a piscicultura. “   Quanto menos recursos eles puderem trazer de fora, o negócio será mais lucrativo. Nós podemos disponibilizar técnicas simples de manejo para melhorar a produção além de proporcionar conhecimento entre os produtores da região”, explica Zilio.

Outro fator importante é que os produtores rurais se conheçam e possam se unir para fortalecer essa produção. “Eles não são concorrentes, são pessoas que podem trabalhar juntos, nosso propósito é divulgar-se entre si o que eles têm para um mercado mais promissor. Exatamente o que nós queremos mostrar para eles que dificuldades todos enfrentam e o que pode ser feito é melhorar”, completa Pâmela.

A região tem água em abundância, mas infelizmente não é durante o ano inteiro e então essa época é prejudicial e todos sofrem com algum tipo de ação inesperada seja com a falta de água ou a qualidade. “Então vamos até os tanques para ver qual é a situação e o que eles podem fazer para melhorar”, diz a engenheira.

Conforme o técnico da secretaria de Agricultura, Valdir Franchini, a ação é importante para reunir os produtores rurais que estão trabalhando com peixes ou tem intenção de atuar com essa cadeia produtiva, e com esse Dia de Campo é possível visualizar os problemas que ocorrem durante o período de seca.

Um dos principais problemas na piscicultura é a escassez de água neste período de seca, que vai gerar a falta de oxigênio, outro fator é a densidade do peixe que vai ser colocado no tanque bem como o volume de ração misturado tudo isso deve ser analisado. Tudo isso interfere na qualidade da água, o importante é ter uma água com qualidade e a piscicultura vai ter sucesso. “Esse é o básico de tudo se ele não observar esses quesitos e fizer corretamente, não terá sucesso na piscicultura. A piscicultura é viável desde que observado esses detalhes”, completa Franchini.

Para o piscicultor Claudeci dos Santos, o popular Pardal, o evento é importante para uma troca de ideia entre os produtores rurais principalmente aqueles que estão iniciando. “Trouxemos eles aqui nesta época, pois o período das águas estarem baixas para identificar na prática os problemas que acontecem na piscicultura, como a falta de oxigênio, algas, pH das águas, a acidez”, diz.

O objetivo é trocar ideias para que junto com os técnicos e profissionais da área, e passar aos demais produtores e interessados as dificuldades enfrentadas no início da piscicultura. “O ideal é que eles iniciem a atividade sem passar pelas mesmas dificuldades que encontramos. Três quesitos são primordiais para a piscicultura a água de boa qualidade, ração de boa qualidade e o manejo que é o mais importante, aqueles que estão iniciando devem ir todos os dias nos tanques, para inibir os predadores, porque se eles caem no tanque é um problema sério, além do prejuízo que vão causar. Outro fator essencial é que o produtor respeite as leis ambientais e faça uma produção consciente”, completa Pardal.

A secretária de Meio Ambiente e de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Aparecida Sicuto, destaca que o Dia de Campo é importante para mostrar ao produtor os problemas e soluções que ele pode ter com a piscicultura. “Além de construir os tanques por meio do Projeto Olhos D’ Água da Amazônia buscamos trazer o produtor para a prática para que ele saiba o que pode e não pode fazer para começar o seu negócio já de forma correta, errando o mínimo possível”, finaliza Sicuto.

(Assessoria de Comunicação / Projeto Olhos D’ Água da Amazônia)

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