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Chacina de policiais mitares: ‘estão manipulando o que menino disse a amigos’, diz tio em entrevista

Chacina de policiais mitaresEm entrevista, o tio de Marcelo Pesseghini – o menino de 13 anos acusado de ser o autor das mortes da mãe Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, a avó, Benedita de Oliveira Bovo, 67, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, 55 –, falou sobre o caso ocorrido em São Paulo há uma semana.

O tio não quis ser identificado, mas segundo ele, a família não acredita que o menino cometeu os assassinatos.

“O Marcelinho era um menino muito amoroso, educado. A família dele era tudo para ele. Ele amava o pai dele, a mãe. O pai era seu super-herói. Não acreditamos que ele tenha cometido esse crime.

Principalmente também contra a avó dele. Ela o criou, cuidou dele, porque os pais trabalhavam muito também. Ele a amava”, reforça o tio.

Ainda segundo o tio do menino, o contato era constante entre a família de Marcelinho e os tios e avós paternos marilienses.

De acordo com ele, o irmão assassinado tinha planos para se mudar de cidade. Ele estaria estudando para voltar a morar no interior, próximo à família. “Uma semana antes de acontecer tudo isso estávamos na casa deles em São Paulo. Fizemos churrasco com meus irmãos e meus pais. Meu irmão sempre deixou clara a vontade de retornar para o interior, de ficar mais perto de nossa família”.

Para o tio, alguns detalhes não estão sendo levados em consideração. “Laudos mostraram que meu irmão foi morto quase 12h antes. Como que ninguém viu o corpo dele na casa, e minha cunhada, onde estava? A avó materna e a tia? Isso ainda não está esclarecido”.

O tio de Marcelinho não acredita na afirmação do delegado. “Eu acho que ninguém acredita nisso aí. Ninguém da família, os amigos”, disse o tio.

“Marcelinho era um menino muito brincalhão e sempre falava as coisas em tom de brincadeira. Estão manipulando o que ele disse para os amigos, para usarem contra o Marcelo. Ele sempre foi normal, nunca teve alterações de comportamento ou emocional.”

A irmã de Luis Marcelo também é policial militar e trabalha na 3ª Companhia da PM também na cidade de Marília.

Polícia aponta que Marcelinho pode ser o culpado

De acordo com o delegado Itagiba Franco, as evidências apontam para Marcelinho. “Olha, todas as evidências levam a isso. Todas. Independente de laudo. No nosso entender, houve um desencadeamento de emoções do garoto que não sabemos ainda a motivação. Estamos caminhando para isso”, disse o delegado. Segundo a polícia, o menino aprendeu a atirar com o pai e a dirigir com a mãe, mas o tio desmente essa versão. “É tudo mentira isso aí. O meu irmão era uma pessoa muito coerente enquanto a isso. O menino nunca mostrou interesse em dirigir e muito menos mexer com armas”, afirmou o tio.

Laudos apresentam a ordem das mortes

Em exames preliminares, a Polícia Militar aponta a sequência de mortes na residência da rua Dom Sebastião, em São Paulo. Primeiro teria morrido o pai do garoto, depois a mãe, a cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, em seguida, a avó dele, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e, por fim, o adolescente.

FONTE: Terra

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